segunda-feira, 16 de setembro de 2013

SOU EU UM POETA TRISTE?


SOU EU UM POETA TRISTE?

Falou-me uma grande amiga.
Que tristezas lembra eu
Nos rabiscos que eu escrevo!
Tristezas que se escreveu
Entrecortado por lagrimas
O futuro de meu Deus
Vejo eu nos sinaleiros
A morte vestindo um breu...

Prefiro mostrar tristezas
que vivem no peito meu
Do que viver a falsidade
de alguém que se esqueceu
Que no sinal ali embaixo.
Da janela do que é seu
Morre um pequeno pedaço,
tanto seu como o meu
Nas drogas que já as mata
nos sonhos que se perdeu...

Olho nos olhos,
miúdos em corpos que nem viveu
A morte por entre o sangue
escorre dos filhos seus
Um pai, talvez uma mãe!
Nem mesmo saiba de Deus
Porque quem criou seu corpo?
Foi da rua que nasceu...

Realidade te estranhas
Quando o rabisco sou eu.
Vejo por entre entrelinhas
A criança que perdeu a vida
O traficante que suas drogas as vendeu
O lucro deste bastardo!
Quanta criança já morreu...

Poderias rabiscar coisas lindas de viver!
Falaria das belezas que trazem o amanhecer
No por do sol que se esvai,
no amor de um grande ser
Do sexo que tantos prezam
nas poesias se viver...

Mas te mostro nuas e cruas
realidades de um ser
Que da marquise do prédio
seu lar e o seu saber
Morre aos poucos todo dia
de fome chegas tremer
Do supérfluo de seu prato
muitos deles iam viver...
Zildo O. Barros 
06/02/13
 
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